Aproxima-se o 20 de novembro, dia significativo, não para comemorações, mas para fortalecimento das lutas antirracistas. Para isso, as políticas públicas inclusivas são fundamentais para que esse abismo seja diminuído. Nos últimos anos, a ascensão do conservadorismo faz com que as políticas sociais sejam desmanteladas garantindo a manutenção do racismo estrutural.
Em Porto Alegre foi apresentado em outubro, pela Prefeitura, o Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2022 no valor de R$ 9,91 bilhões que tem por finalidade detalhar como esse recurso será utilizado, definido que a gestão considera prioridade.
Conforme denúncia, foi divulgado que o Projeto destina APENAS R$11 mil reais dentro deste valor de R$ 9,91 bilhões para combate ao racismo. Precisamos nos mobilizar para que haja uma mudança desta decisão que descortina o racismo institucional.
Apenas para citar alguns exemplos, este ano tivemos a live Vozes Pretas do Sul, mês passado tivemos uma formação sobre a Lei 10.639/2003, com a escritora Sonia Rosa, para reforçar o compromisso das bibliotecas comunitárias como parceiras das escolas na efetivação da lei. E, neste mês, tivemos uma aula pública com a professora Luciana Dornelles Ramos sobre antirracismo e decolonialidade. Em vista do nosso trabalho constante ao longo do ano, deixamos a provocação: Precisamos falar de negritude e pautas antirracistas apenas em novembro?
Nós da Beabah!, além do trabalho de política antirracista por meio da literatura, acompanhamos ativamente o cenário político nas três esferas de governo para informar, de uma forma acessível, as verdadeiras intenções destas medidas que fortalecem o racismo estrutural por meio de desmonte das políticas públicas.
"A raça não existe para você porque nunca foi uma barreira. Os homens negros não tem essa oportunidade." - Chimamanda Ngozi Adichie.
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